Existem diferentes tipos de métodos para esterilizar o material cirúrgico, no entanto, a utilização da autoclave tem se revelado dos mais eficazes, e por isso mais utilizados. Isto acontece devido à intervenção de vários factores:
- altas temperaturas - superiores às máximas de crescimento dos microorganismos, para serem verdadeiramente letais - de 121 a 134 ºC.
- calor saturado - calor seco com 100% de humidade relativa, o que torna possível a penetração do ar em todos os elementos colocados na autoclave, sem que haja exagero de água.
- pressão elevada - necessária para manter o calor saturado a temperaturas elevadas.
- tempo - suficiente para combater todos os microorganismos, depende da temperatura.
O funcionamento da autoclave é, portanto, bastante simples: alia altas temperaturas com pressão elevada, e assim consegue vapor saturado, que, ao entrar em contacto com as peças a temperaturas mais baixas, condensa, libertando calor, o que provoca a desnaturção das proteínas e a instabilidade das membranas citoplasmáticas.
Neste processo é, então, de importância vital a troca de calor entre o meio e as peças, calor este que se denomina latente por ser o da mudança de estado físico.
O processo de esterilização compreende as seguintes fases: remoção do ar, admissão do calor saturado, exaustão do vapor e secagem dos materiais. A 1ª fase diferencia os tipos de autoclaves que existem:
- gravitacional - quando é administrado o calor saturado, o ar que existia dentro da autoclave, como tem diferente densidade por ser mais frio, vai sair por uma abertura propria para o efeito.
- pré-vacuo - o ar é totalmente removido por processos mecânicos dando lugar a um ambiente em vácuo.
Nas autoclaves de tipo gravitacional, o ar atinge uma temperatura de 121 ºC e a esterilazação demora cerca de 30 min. Por sua vez, nas de tipo pré-vacuo, a temperatura do ar ronda os 134 ºC e por isso, o tempo de esterilização é de aproximadamente 3 min.
Desta forma, compreende-se por que motivo a esterilização é mais eficaz a pressões mais elevadas: para conseguir manter o calor latente a temperaturas mais elevadas e assim combater todos os microorganismos.
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Referências bibliográficas:
- http://users.med.up.pt/cc04-10/microslides/20-EstDesinfeccao.pdf
- http://www.e-escola.pt/site/topico.asp?topico=365
- http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/vapor.html
- www.cve.saude.sp.gov.br/htm/ih/provitae/marcia_ester20set06.ppt