Um coração saudável tem um pacemaker natural que inicia cada batimento cardíaco, no entanto, por vezes, este batimento torna-se demasiado rápido, demasiado lentos ou uma combinação das duas alterações. Assim, torna-se necessário um pacemaker artificial para manter o coração a bater. São introduzidos eléctrodos (1, 2 ou 3, dependendo do caso) numa veia local, e os seus parâmetros são medidos, assim como o otencial intracavitário atrial (onda P). Aceita-se como satisfatória uma onda P superior a 1,5 mV, uma onda R superior a 5 mV, um limiar de estimulação ventricular inferior a 1,0 V e resistência ventricular entre 400 e 800 ohms. Depois, estes eléctrodos são conectados à caixa do pacemaker.
Os pacientes não sentem o funcionamento do pacemaker, no entanto, quando o seu ritmo era muito lento antes da colocação, sentem um batimento acelerado. O pacemaker também não impede o aceleramento da batida, pelo contrário, ele capta as diferentes necessidades fisiológicas entre caminhar, nadar ou cuidar do jardim e, adapta-se, aumentando o ritmo cardiaco para tarefas como as duas primeiras exemplificadas.
Quando o o coração consegue trabalhar por si, o pacemaker passa apenas a intervir quando o ritmo desce abaixo de determinado nível.
Referências
- http://portugal.arrhythmia-europe.eu/docs/Pacemaker%20%20Booklet%20-%20Portguguese.pdf5.12.07wjh.pdf
- http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D41%26cn%3D610
- http://www.rbccv.org.br/detalhe_artigo.asp?id=96
- http://www.lincx.com.br/lincx/saude_a_z/saude_homem/marcapasso.asp
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Sistemas de Diálise
A diálise é um processo físico-químico, semelhante à difusão, que mantém soluções com diferentes concentrações de substâncias, separadas por uma membrana semi-permeável. Vai depois ocorrer a passagem destas substâncias para o lado com menor concentração, de modo a estabelecer um equilíbrio.
A diálise é conhecida pela sua aplicação no tratamento de doentes com insuficiência renal. Estes doentes perderam a capacidade dos rins de eliminarem os produtos tóxicos do sangue, o que leva a uma acumulação de substâncias tóxicas, o que interfere com outras funções do corpo, tais como a cerebral, a pulmonar ou do coração.
Para estes doentes, existem fundamentalmente três tipos de tratamento:
- Transplante de rim (é muito raro encontrar dadores compatíveis);
- Hemodiálise - o sangue é bombeado através de um filtro (dialisador), dividido em duas partes, separadas por uma membrana semi-permeável. Numa das partes circula o sangue, e na outra, em sentido contrário, um fluido controlado (o dialisato), composto por água (sem compostos inorgânicos ou orgânicos, susceptíveis de causarem problemas) e alguns solutos (Na, K, Bicarbonato, Ca, Mg, Cl...), em quantidades especificas para repor as concentrações devidas do sangue.
- Diálise Peritoneal - é injectado um líquido, através de um cateter, para o interior do abdómen e o sangue é filtrado pelo peritoneu, libertando-se das substâncias tóxicas. O peritoneu é uma membrana que reveste o abdómen e cobre os órgãos abdominais. O liquído permanece no interior do corpo o tempo necessário à filtração do sangue e depois é drenado e substituido por outro. Este tipo de diálise é normalmente realizado em casa ou no trabalho.
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Fig. 1 Comparação de Hemodiálise com Diálise Peritoneal
Outra aplicação do processo de diálise é a criação de células de diálise, por exemplo, para removerem ácidos que são continuamente libertados em processos de electrodeposição, na pintura de automóveis ou outras peças. O pH é assim mantido a valores desejados. Estas células funcionam de tal modo que as membranas são selectivas, apenas à passagem de ácido.
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Fig. 2 Exemplo de uma célula de diálise
Durante a análise das proteínas existentes num dado tecido vivo, por electroforese, é necessário remover os sais pois estes migram através do gradiente de pH, produzem calor e acumulam-se nas extremidades. Isto causa zonas de alta
condutividade, queda de voltagem e diminui diminuição do campo elétrico. Para evitar estas situações é utilizada a diálise, que filtra estes sais.
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Fig. 3 Electroforese
A diálise é conhecida pela sua aplicação no tratamento de doentes com insuficiência renal. Estes doentes perderam a capacidade dos rins de eliminarem os produtos tóxicos do sangue, o que leva a uma acumulação de substâncias tóxicas, o que interfere com outras funções do corpo, tais como a cerebral, a pulmonar ou do coração.
Para estes doentes, existem fundamentalmente três tipos de tratamento:
- Transplante de rim (é muito raro encontrar dadores compatíveis);
- Hemodiálise - o sangue é bombeado através de um filtro (dialisador), dividido em duas partes, separadas por uma membrana semi-permeável. Numa das partes circula o sangue, e na outra, em sentido contrário, um fluido controlado (o dialisato), composto por água (sem compostos inorgânicos ou orgânicos, susceptíveis de causarem problemas) e alguns solutos (Na, K, Bicarbonato, Ca, Mg, Cl...), em quantidades especificas para repor as concentrações devidas do sangue.
- Diálise Peritoneal - é injectado um líquido, através de um cateter, para o interior do abdómen e o sangue é filtrado pelo peritoneu, libertando-se das substâncias tóxicas. O peritoneu é uma membrana que reveste o abdómen e cobre os órgãos abdominais. O liquído permanece no interior do corpo o tempo necessário à filtração do sangue e depois é drenado e substituido por outro. Este tipo de diálise é normalmente realizado em casa ou no trabalho.
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Fig. 1 Comparação de Hemodiálise com Diálise Peritoneal
Outra aplicação do processo de diálise é a criação de células de diálise, por exemplo, para removerem ácidos que são continuamente libertados em processos de electrodeposição, na pintura de automóveis ou outras peças. O pH é assim mantido a valores desejados. Estas células funcionam de tal modo que as membranas são selectivas, apenas à passagem de ácido.
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Fig. 2 Exemplo de uma célula de diálise
Durante a análise das proteínas existentes num dado tecido vivo, por electroforese, é necessário remover os sais pois estes migram através do gradiente de pH, produzem calor e acumulam-se nas extremidades. Isto causa zonas de alta
condutividade, queda de voltagem e diminui diminuição do campo elétrico. Para evitar estas situações é utilizada a diálise, que filtra estes sais.
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Fig. 3 Electroforese
Referências:
- http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D149%26cn%3D1182
- http://www.nephrocare.com/internet/fmc/NephroCMS.nsf/pt/treatment.htm
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1lise
- http://www.cenargen.embrapa.br/laboratorios/LIMPP/PDFsLIMPP/CursoCBAB/CarlosAndreRicart.pdf
- http://www.dbdfiltros.com.br/ultrafiltracao_pintura.htm
- http://www.cenargen.embrapa.br/laboratorios/LIMPP/PDFsLIMPP/CursoCBAB/CarlosAndreRicart.pdf
domingo, 26 de outubro de 2008
Esterilização de Material Cirúrgico
Existem diferentes tipos de métodos para esterilizar o material cirúrgico, no entanto, a utilização da autoclave tem se revelado dos mais eficazes, e por isso mais utilizados. Isto acontece devido à intervenção de vários factores:
- altas temperaturas - superiores às máximas de crescimento dos microorganismos, para serem verdadeiramente letais - de 121 a 134 ºC.
- calor saturado - calor seco com 100% de humidade relativa, o que torna possível a penetração do ar em todos os elementos colocados na autoclave, sem que haja exagero de água.
- pressão elevada - necessária para manter o calor saturado a temperaturas elevadas.
- tempo - suficiente para combater todos os microorganismos, depende da temperatura.
O funcionamento da autoclave é, portanto, bastante simples: alia altas temperaturas com pressão elevada, e assim consegue vapor saturado, que, ao entrar em contacto com as peças a temperaturas mais baixas, condensa, libertando calor, o que provoca a desnaturção das proteínas e a instabilidade das membranas citoplasmáticas.
Neste processo é, então, de importância vital a troca de calor entre o meio e as peças, calor este que se denomina latente por ser o da mudança de estado físico.
O processo de esterilização compreende as seguintes fases: remoção do ar, admissão do calor saturado, exaustão do vapor e secagem dos materiais. A 1ª fase diferencia os tipos de autoclaves que existem:
- gravitacional - quando é administrado o calor saturado, o ar que existia dentro da autoclave, como tem diferente densidade por ser mais frio, vai sair por uma abertura propria para o efeito.
- pré-vacuo - o ar é totalmente removido por processos mecânicos dando lugar a um ambiente em vácuo.
Nas autoclaves de tipo gravitacional, o ar atinge uma temperatura de 121 ºC e a esterilazação demora cerca de 30 min. Por sua vez, nas de tipo pré-vacuo, a temperatura do ar ronda os 134 ºC e por isso, o tempo de esterilização é de aproximadamente 3 min.
Desta forma, compreende-se por que motivo a esterilização é mais eficaz a pressões mais elevadas: para conseguir manter o calor latente a temperaturas mais elevadas e assim combater todos os microorganismos.
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Referências bibliográficas:
- http://users.med.up.pt/cc04-10/microslides/20-EstDesinfeccao.pdf
- http://www.e-escola.pt/site/topico.asp?topico=365
- http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/vapor.html
- www.cve.saude.sp.gov.br/htm/ih/provitae/marcia_ester20set06.ppt
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Finalmente futura Engenheira
Depois de 2 semanas de espera, depois de alguém se ter enganado e me dizer que não fui colocada, depois de chegar a casa e me sentar em frente do computador, lá fiquei a saber que entrei em Engenharia Biomédica.
Esta semana tem sido uma semana de actualizações... Dizer aos professores que sou nova aluna, mandar mails para ter acesso aos sites, fazer a inscrição, deitar fora algumas coisas de Psicologia, confirmar datas de testes, melhorar algumas propriedades do portátil para ser tão eficiente quanto a exigência do curso (ou quase lá)... Mas tudo se consegue, com paciência.
Agora tenho mesmo de me agarrar para continuar motivada e conseguir resultados e fazer amigos e etc...
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Agora tenho mesmo de me agarrar para continuar motivada e conseguir resultados e fazer amigos e etc...
domingo, 5 de outubro de 2008
Unidades Fundamentais
Um objecto ou corpo físico é regularmente definido com características qualitativas e quantitativas. Para esta caracterização ser reconhecida mundialmente tem de estar expressa em valores e grandezas padrão. Em 1960, foi criado o Sistema Internacionalde Unidades (SI), na 11ª Conferência de Pesos e Medidas. Este SI, que já sofreu alterações, define actualmente como Grandezas Fundamentais:
- o Comprimento, em m, desde 1983, por ser o comprimento do percurso que a luz realiza no vácuo, em 1/299792458 s;
- a Massa, em kg, que representa a massa da água a 4 ºC, num cubo de 0,1 m de aresta (um protótipo em liga de platina-irídio, encontra-se conservado no Bureau Internacional, desde 1889);
- o Tempo, em s, que corresponde à duração de 9192631770 vibrações da transição entre 2 níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de Césio 133, desde 1967;
- a Intensidade da Corrente Eléctrica, em A, por ser a intensidade de uma corrente constante que, mantida em 2 condutores rectilíneos paralelos, separados por 1 m e de comprimento infinito, provoca, entre estes dois condutores, uma força igual a 2x10-7 N/m, definida em 1946;
- a Temperatura, em K, que corresponde à fracção 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto triplo da água, desde 1967;
- a Quantidade de matéria, em mol, que representa a quantidade de matéria de um sistema que contém tantas entidades elementares quantos os átomos que existem em 0,012 kg de carbono 12, definido desde 1971;
- a Intensidade Luminosa, em Cd, por ser a intensidade luminosa de um corpo negro emitida por 1/600 000 m2 de uma superfície de platina, no seu ponto de fusão, à pressão de 1 atm, definido desde 1967.
Estas são as unidades fundamentais pois são independentes entre si e, a partir de combinações matemáticas, podem expressar qualquer outra unidade (por exemplo, a unidade da grandeza Velocidade: m/s; e a unidade da grandeza Pressão: N = kg ms-2).
Referênciasbibliográficas:
- http://www.fisica.net/unidades/grandezas_fisicas_ipv.pdf
- http://fisicaequimica.esenviseu.net/defunidadesfund.htm
- http://br.geocities.com/galileon/1/grandezas/SI.htm
- http://demoniodemaxwell.wordpress.com/2008/08/23/unidades-fudamentais
- o Comprimento, em m, desde 1983, por ser o comprimento do percurso que a luz realiza no vácuo, em 1/299792458 s;
- a Massa, em kg, que representa a massa da água a 4 ºC, num cubo de 0,1 m de aresta (um protótipo em liga de platina-irídio, encontra-se conservado no Bureau Internacional, desde 1889);
- o Tempo, em s, que corresponde à duração de 9192631770 vibrações da transição entre 2 níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de Césio 133, desde 1967;
- a Intensidade da Corrente Eléctrica, em A, por ser a intensidade de uma corrente constante que, mantida em 2 condutores rectilíneos paralelos, separados por 1 m e de comprimento infinito, provoca, entre estes dois condutores, uma força igual a 2x10-7 N/m, definida em 1946;
- a Temperatura, em K, que corresponde à fracção 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto triplo da água, desde 1967;
- a Quantidade de matéria, em mol, que representa a quantidade de matéria de um sistema que contém tantas entidades elementares quantos os átomos que existem em 0,012 kg de carbono 12, definido desde 1971;
- a Intensidade Luminosa, em Cd, por ser a intensidade luminosa de um corpo negro emitida por 1/600 000 m2 de uma superfície de platina, no seu ponto de fusão, à pressão de 1 atm, definido desde 1967.
Estas são as unidades fundamentais pois são independentes entre si e, a partir de combinações matemáticas, podem expressar qualquer outra unidade (por exemplo, a unidade da grandeza Velocidade: m/s; e a unidade da grandeza Pressão: N = kg ms-2).
Referênciasbibliográficas:
- http://www.fisica.net/unidades/grandezas_fisicas_ipv.pdf
- http://fisicaequimica.esenviseu.net/defunidadesfund.htm
- http://br.geocities.com/galileon/1/grandezas/SI.htm
- http://demoniodemaxwell.wordpress.com/2008/08/23/unidades-fudamentais
Uma fotografia
Sou fascinada por fotografia, de todos os tipos. E gosto mais de fotografar do que de ser fotografada... Quando alguém se predispõe a fazer-me a vontade, tiro dezenas de fotos, só paro quando me imploram...
No entanto, para que os meus colegas futuros engenheiros saibam de quem é este blog, vou colocar aqui uma fotografiazinha minha. :)
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Eu = Confusão...
O meu nome é Joana, sou uma apaixonada.
A verdade é que sou também uma desastrosa confusão. Frequento, por enquanto, o 2º ano de Psicologia na UMinho, no entanto, o que eu perspectivava como um curso de sonho, antes de o começar, revelou-se uma desilusão pessoal agravada pelas actuais previsões de emprego nesta área.
Assim, no dia 18 de Setembro de 2008, decidi aventurar-me e concorri a Engenharia Biomédica, obviamente na mui nobre Universidade do Minho. Por esta altura já só consegui apanhar a 2ª fase de candidaturas e, por isso, neste momento aguardo a sentença final (posso ou não estudar legitimamente para vir a ser Engenheira Biomédica) enquanto assisto sorrateiramente às aulas.
Este blog representa a primeira tarefa encomendada aos novos alunos, pelo professor de Elementos de Química e Física, Carlos Silva, e pretende registar pequenos afazeres e pensamentos, e acompanhar, tanto os próximos 5 anos como estudantes, como os restantes no papel de engenheiros. Nas palavras do professor, é "um blog para a vida".
A verdade é que sou também uma desastrosa confusão. Frequento, por enquanto, o 2º ano de Psicologia na UMinho, no entanto, o que eu perspectivava como um curso de sonho, antes de o começar, revelou-se uma desilusão pessoal agravada pelas actuais previsões de emprego nesta área.
Assim, no dia 18 de Setembro de 2008, decidi aventurar-me e concorri a Engenharia Biomédica, obviamente na mui nobre Universidade do Minho. Por esta altura já só consegui apanhar a 2ª fase de candidaturas e, por isso, neste momento aguardo a sentença final (posso ou não estudar legitimamente para vir a ser Engenheira Biomédica) enquanto assisto sorrateiramente às aulas.
Este blog representa a primeira tarefa encomendada aos novos alunos, pelo professor de Elementos de Química e Física, Carlos Silva, e pretende registar pequenos afazeres e pensamentos, e acompanhar, tanto os próximos 5 anos como estudantes, como os restantes no papel de engenheiros. Nas palavras do professor, é "um blog para a vida".
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